COLUNISTA
Felipe
Fontenelle
Mestre em Economista, Analista de Faturamento e empresário no setor de segurança de comunicações.
ECONOMIA
Mercado de ações é para todos!
por Felipe Fontenelle
24/04/2019
Caros leitores,
Pensei muito no assunto que escolheria para esse primeiro artigo no VIRA News, a tendência seria falar sobre Reforma da Previdência, assunto que julgo ser de primeira necessidade para a economia brasileira, posto que acredito ser esse o passo fundamental para uma nova fase de desenvolvimento do nosso país.
Contudo prefiro tratar de outro tema que julgo ser de maior utilidade aos leitores. Decidi, então, falar de investimentos, não da forma tradicional, nem com conselhos de rendimentos, mas numa pura demonstração de que, diferentemente do que se diz por aí, é muito fácil investir e obter seus rendimentos, seja você rico ou pobre.
Muitos políticos de esquerda criticam a política de juros. Acredito que não falem tantas besteiras por falta de conhecimento, mas por pura hipocrisia.
Primeiramente, eles sabem que a política de juros está diretamente ligada ao endividamento do Governo, ou seja, quanto mais um governo precisa tomar dinheiro no mercado, maior será a taxa de juros que terá que pagar, numa análise simplista para que todos entendam. Daí surge a necessidade da Reforma da Previdência, pois déficits crescentes tendem a se tornar impagáveis e chegará o momento em que o governo não conseguirá mais tomar dinheiro emprestado no mercado, mas não entraremos nos detalhes desse assunto, minha proposta aqui é outra.
Um outro argumento hipócrita usado por políticos de esquerda é: “De que adianta a bolsa estar subindo, se só quem investe é rico?”
Sem argumentar que a bolsa tenha relação, sim, com a vida do povo em geral, do mais pobre ao mais rico, quero voltar ao tema ao qual me propus a falar, e agora entrando no ponto em que queria chegar, quem se utiliza de uma falácia como a citada acima está querendo deixar os mais pobres no limbo da ignorância para que dele nunca possam sair. Minha proposta aqui é dar conhecimento para que todos possam fazer seus investimentos na bolsa de valores, sejam quais forem suas rendas.
O primeiro ponto é que, pasmem, a partir de R$ 30,00 (isso mesmo, míseros TRINTA reais), você já pode ser um investidor e fugir da tradicional caderneta de poupança. Para tanto, mostro a tabela abaixo com alguns exemplos:
A corretora da qual extraí a figura não cobra taxas de custódia, nem de corretagem nem de tarifas de manutenção de conta. Assim como essa, existem outras. Cabe salientar que o exemplo acima é de investimento em renda fixa, no qual, em nenhum caso, é cobrada corretagem.
No entanto, os hipócritas iriam dizer: “Ah, mas isso não é bolsa de valores...”
Claro, o exemplo não é, mas vamos então ao que é - as ações.
No dia 22 de abril de 2019, cito os seguintes exemplos para os valores de 1 ação:
. Petrobrás – PETR4 = R$ 27,29
. Itaú – ITSA4 = R$ 11,54
. CEMIG – CMIG4 = R$ 14,25
. Usiminas – USIM5 = R$ 8,96
. Sadia – BRFS4 = R$ 27,98
. Gerdau – GOAU4 = R$ 7,12
Normalmente o que se vende na bolsa é um lote de 100 ações, o que inviabilizaria uma poupança dos mais pobres. Mas acontece que o mercado é tão democrático e inclusivo que a própria Bolsa de Valores criou o chamado mercado fracionário, onde é possível comprar até mesmo uma única ação. Aqui, voltamos para os trinta reais e até mesmo muito menos - basta acrescentar um F aos códigos das ações e pronto, você poderá comprar uma quantidade menor do que 100.
As dificuldades para se fazer isso? As barreiras não são intransponíveis? Não, é super fácil e possível de se fazer de casa mesmo, bastando ter acesso à internet.
Tudo virtualmente? Sim, tudo virtualmente.
Como comprar as ações? Se o investidor não tiver alguém que o ensine, as próprias corretoras têm atendentes que estão preparados para orientar os marinheiros de primeira viagem. É tudo muito simples. Tão simples que fica difícil de acreditar. A parte difícil é descobrir quais ações escolher, pois é um mercado de risco, mas que no longo prazo dá resultado, apesar desses riscos. Basicamente deve-se escolher empresas de muita credibilidade, como Petrobrás, Banco do Brasil, Bradesco, Vale do Rio Doce, Itaú, dentre outras que, por mais que haja variação no valor das ações, o investidor acaba ganhando em dividendos.
No tocante ao valor das ações, no caso do objetivo ser acumular ações para usufruir dos dividendos no futuro, por exemplo, ao contrário do que se pensa, uma crise como a que houve com a Petrobrás pode beneficiar o investidor.
Difícil de entender? Não, vamos lá.
Vamos supor que o investidor tenha em torno de R$ 100,00 por mês para aplicar. Ao valor de hoje, poderia comprar 4 ações da empresa - com a crise na empresa causada por todos os escândalos e mal feitos de governos do PT, a ação chegou a valer em torno de R$ 4,00. Nesse caso, naquela época, o investidor poderia ter comprado 25 ações ao invés de 4. Como os dividendos são pagos por ação, quanto maior a quantidade acumulada, maior o rendimento.
Não aconselho, entretanto, nenhum novato a querer obter ganhos rápidos no mercado de ações, pois isso raramente dá resultado. Não há mágica ou dinheiro fácil nessa área, devendo-se seguir um plano de longo prazo como citado acima.
Cabe salientar que em mercados estáveis tudo isso acontece com mais naturalidade e sem sobressaltos.
Em um mercado como o dos Estados Unidos, as crianças já crescem sabendo que terão que usar desse tipo de poupança para garantirem suas aposentadorias. No Brasil, a esquerda tenta sobremaneira esconder essa possibilidade de independência, para que pobres continuem pobres, achando que políticos “bonzinhos” farão com que o Estado sustente a todos com migalhas. A ignorância sustenta esses hipócritas da esquerda. Cabe a nós mostrar um caminho de luz àqueles que querem se libertar das amarras dessa dependência.
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