GEOPOLÍTICA
QUEM VIVER... VERÁ
por Enio Fontenelle
31/07/2019
Aos 8 anos, à noite, eu estava batendo nos postes de ferro de minha rua com um pedaço de pau, comemorando o final da II Guerra Mundial e o iminente retorno de nossos pracinhas ao lar.
Aos 15 anos, eu custava a dormir, pensando na primeira namorada, achando que conhecera o amor.
Aos 19 anos, eu cruzava, orgulhoso, o Portão Monumental da Academia Militar.
Aos 22 anos, eu dedilhava, isolado do resto do mundo em minha primeira missão militar, alguma música romântica, buscando, no céu, resgatar pedaços do Rio de Janeiro, até que o sono me vencia e eu descansava do dia exaustivo passado entre os trilhos e dormentes da ferrovia que era minha tarefa construir.
Aos 43 anos, eu me vi introduzido ao poder, onde não fui corrompido pelas inúmeras tentações.
Aos 55 anos, já na inatividade, comecei a ver o Brasil desmoronar, e as nuvens escurecerem.
Aos 76 anos, voltei a ter esperanças em relação ao futuro do Brasil, e coloquei todas as minhas forças para abrir uma fresta nas nuvens e ver ali penetrar os primeiros raios de luz.
Aos 81 anos, pude ver brilhar o Sol, com a vitória eleitoral do espírito nacional.
Daqui a pouco, estarei fazendo 82, entristecido com fatos e versões que embotam a visão do futuro.
Mas... Ainda terei vida para ver triunfar a verdade, para ver o Continente Americano unido em uma só voz e um só espírito, onde os nossos filhos e netos reencontrarão o sorriso, há muito esquecido.
Assim como eu, quem viver... Verá.
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