COLUNISTA
Cid Lopes
Advogado, Administrador,Subprocurador Geral do DF
Professor Titular da UnB – Graduação e Mestrado – disciplinas: Teoria do Planejamento, Planejamento Governamental e Planejamento Empresarial
OPINIÃO
HACKER
por Cid Lopes
31/07/2019
E muito estanho que o individuo Walter Delgatti Neto, que tem a sugestiva alcunha de "vermelho" e reside no interior do estado de São Paulo, tenha invadido centenas de telefones de personalidades públicas, dentre as quais os presidentes da república, do senado e da câmara, bem como a procuradora geral, ministros de estado, magistrados, procuradores, parlamentares, mas não foi capaz de localizar o americano Glenn Greenwald ou o seu site intercept, cujos endereços se encontram na rede. Precisou pedir ajuda à líder comunista Manuela D'Ávila, uma pessoa que lhe era desconhecida. O elevado montante de dinheiro encontrado com o "harcker" e seus comparsas, sugere que foram patrocinados ou remunerados por alguém ou instituição política. Também é muito suspeito o envolvimento de um estrangeiro, com antecedentes internacionais de invasão e divulgação de documentos secretos de outros países. É igualmente estranho que as supostas mensagens do então juiz Moro e de procuradores da operação Lava Jato tenham sido divulgadas após a visita de Greenwald ao Lula, em abril deste ano. É surpreendente que os criminosos tenham invadido os telefones de centenas de autoridades dos três poderes da república, mas divulgaram à mídia somente as mensagens supostamente atribuídas ao ex juiz Moro e aos procuradores da lava jato. É incontestável que invadir a privacidade das mais altas autoridades da república configura o ato de espionagem, pois há a probabilidade de que informações sobre a segurança nacional possam ser repassadas a governos ou partidos políticos estrangeiros. Espionagem é crime de lesa pátria.
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