COLUNISTA
Christina Fontenelle
Jornalista e ativista conservadora.
CORAÇÕES E MENTES BRASIL
E o que Santos Cruz e Fábio Wajngarten da Secom têm em comum?
por Christina Fontenelle
06/05/2019
Vejam que coisa interessante. Criaram uma enorme crise na "direita" por causa de uma frase citada pelo General Santos Cruz, há um mês, em abril, ao falar em entrevista que as pessoas precisariam se disciplinar ao usar as redes sociais, principalmente os extremos mais radicais.
Foi um alvoroço nas redes sociais. "A pauta é contra o que Bolsonaro prega" disseram. Até o presidente postou um comentário "à lá Carlos", no seu Twitter: “Em meu governo a chama da democracia será mantida sem qualquer regulamentação da mídia, aí incluída as sociais. Quem achar o contrário recomendo um estágio na Coréia do Norte ou Cuba”.
Sobre a mesma entrevista concedida por Santos Cruz, houve quem ainda dissesse que o general teria dito que o presidente não governava. Na verdade, e isso fica bem claro no vídeo da entrevista, Cruz falava sobre a ansiedade das pessoas em verem ações prometidas em campanha sendo efetivadas: as pessoas precisam entender que o presidente não governa sozinho. Depende também da ação dos outros poderes. Perceberam a maldade da afirmação de quem disse coisa diferente disso? Pois é.
Enfim, voltando à questão da "disciplina" , que muitos atribuíram ser sinônimo de censura - o que evidentemente não é. O ambiente virtual precisa sim contar com regras mais claras de uso, bem como estabelecer formas novas, ágeis e baratas, de resolver conflitos judiciais entre usuários e usuários, e entre estes e as empresas donas das plataformas de relacionamento social. Hoje, por exemplo, se uma plataforma resolver tirar o perfil, a página ou o canal de um usuário, mesmo que seja apenas por questões de afinidades ideológicas, faz isso e acabou. A quem o usuário recorre? À própria empresa ou banca um processo caro e demorado na justiça comum. De modo que já passou da hora de haver novas regras nesse setor, sim.
Agora, a surpresa para os "isentões" de plantão. O empresário Fábio Wajngarten, novo chefe da Secom, e que portanto trabalha na área de Santos Cruz, disse rigorosamente a mesma coisa, pouco antes das eleições passadas, em 2018, sobre a guerra virtual: "Já é hora de todos que se voluntariam para criar um mundo melhor sentarem na mesma mesa para criar disciplina para não se autodestruírem. Já é hora de agentes ocultos propagadores de fake news e fake olds serem revelados. A ética e as boas práticas não podem ficar apenas nos livros". (https://www.meioemensagem.com.br/home/opiniao/2018/07/19/fake-news-x-fake-olds.html).
Não é interessante isso? Não é que Santos Cruz e Fábio W. pensam a mesma coisa sobre o ambiente virtual? Mas, parece que só o que afeta os atuais “inquisidores de pautas" só se importam mesmo com o homem que tem chave do cofre da Secom – o General.
Aliás, há uma outra coisa bastante interessante sobre esse patrulhamento conservador no que se refere ao currículo do novo chefe da Secom – visivelmente a pender muito mais ao progressismo, tão apontado acusatoriamente como impeditivo para que se esteja no governo. Recentemente, Ilona Szabó, nomeada e “desnomeada” por Sergio Moro, como suplente do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, para um Conselho dessúes da vida criados pelos governos esquerdistas que tivemos desde 1985, foi execrada publicamente por se tratar de uma progressista. Tudo aqui (http://estudosnacionais.com/noticias/quem-e-fabio-wajngarten-o-novo-chefe-da-secom-de-bolsonaro/).
Dois pesos e duas medidas geralmente são usados, ao tratar das questões, quando há interesses outros que não sejam somente os que se alegue defender.
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